segunda-feira, 30 de abril de 2012


Operário morre ao cair de andaime em obra em Canela

Luiz Souza de Paula, de 46 anos, teria passado mal e caiu de uma altura de dois metros

Um servente de obras morreu, na tarde desta segunda-feira, após cair de um andaime em uma obra no Centro de Canela, na região da Serra gaúcha. Era o primeiro dia de trabalho de Luiz Souza de Paula, de 46 anos, na construção de um condomínio habitacional no município.

A vítima caiu de uma altura de apenas dois metros. Conforme o relato de testemunhas, o trabalhador teria passado mal minutos antes da queda. A Polícia Civil vai examinar a hipótese de que ele tenha apresentado sinais de tontura antes do acidente.

O tombo ocorreu no momento em que o Equipamento de Proteção Individual (EPI) era colocado no trabalhador. Ainda durante o treinamento no turno da manhã, o servente já havia apresentando sintomas de mal estar, conforme a investigação.

Após a queda, a vítima ainda foi socorrida preliminarmente pelos colegas da obra que, em seguida, chamaram o Corpo de Bombeiros. Minutos depois, o óbito foi confirmado por policiais da corporação.

Conforme a Polícia Civil, o local já foi liberado após o trabalho da perícia. Assim como os outros trabalhadores, o engenheiro responsável pela construção também vai prestar depoimento nos próximos dias. A polícia informou, ainda, que a obra era regularizada no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (Crea-RS).

CONCURSOS PARA ANP E TST SAEM NOS PRÓXIMOS MESES.


Serão 152 oportunidades de nível superior, sendo 115 para Especialista em Regulação de Petróleo e Derivados, Álcool Combustível e Gás Natural, 22 para Analista Administrativo e 15 para Especialista em Geologia e Geofísica.
O Ministério do Planejamento autorizou a realização de concurso público para a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Serão 152 oportunidades de nível superior, sendo 115 para Especialista em Regulação de Petróleo e DerivadosÁlcool Combustível e Gás Natural, 22 paraAnalista Administrativo e 15 para Especialista em Geologia e Geofísica
A remuneração inicial para todos os cargos é de até R$ 12.900. A agência tem até seis meses para publicar o edital e é a responsável pela realização do concurso.

A última seleção do órgão aconteceu em 2008. Na época, foram oferecidas 325 vagas, sendo 243 para nível superior e 82 para nível médio.

Outra boa notícia é para quem deseja fazer carreira no Tribunal Superior do Trabalho (TST). 
De acordo com a assessoria de comunicação do órgão, o edital do concurso que formará cadastro reserva para as carreiras de técnico e analista judiciários deve sair ainda neste semestre. 
A assessoria divulgou ainda que a banca responsável pela organização do concurso será a Fundação Carlos Chagas.

A carreira de técnico judiciário pode ser preenchida por candidatos com formação de nível médio, enquanto para a carreira de analista é necessário possuir nível superior. As áreas para as quais haverá a seleção de candidatos serão definidas em breve, quando for nomeada a comissão organizadora.

A última seleção para o tribunal foi realizada em 2007 pelo Cespe/UnB.

Além dessas vagas, estão previstos também vários Concursos para os próximos meses, com mais de 55.000 vagas.
Para a Petrobras, que teve inscrições encerradas em 11/04, deverá ser realizado, além desse, pelo menos mais um concurso esse ano ainda,  incluindo vagas tanto para o Nível Superior quanto para o nível Médio.

Petrobras planeja ter um efetivo de 76 mil empregados até o fim de 2015. Para isso a empresa vai abrir 22 mil vagas nos próximos anos pois hoje tem menos de 60 mil funcionários e vários vão se aposentar. Desde 2010 a Petrobras abre, regularmente, dois concursos por ano, quase sempre organizados pela Cesgranrio

domingo, 29 de abril de 2012


Lançado Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho

Composto por várias estratégias, Plano pretende integrar ações para melhores condições no ambiente e nas relações de trabalho
Brasília, 27/04/2012 – Ao participar da solenidade de lançamento do Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho nesta sexta-feira, em Brasilia, o ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto Pinto, destacou a necessidade de garantir mais proteção aos trabalhadores no momento em que o mercado de trabalho pais se fortalece e aumenta. “O Brasil tem crescido e um dos setores mais vibrantes é o da construção civil. Nos últimos anos tivemos um avanço, mas temos que reduzir ainda mais a quantidade de acidentes de trabalho. Esse Plano, construído de forma tripartite, é um marco”, disse o ministro. 
Para o ministro, a inspeção de segurança e saúde tem sido importante no ambiente laboral.  Dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que são realizadas, por dia,  cerca de 540 fiscalizações de Segurança e Saúde no Trabalho, mais de 130 mil auditorias por ano no Brasil. “O resultado de todo este trabalho aparece nos indicadores de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. O índice de mortalidade por acidente de trabalho vem sofrendo sucessivas reduções. Mesmo o número absoluto de acidentes por ano, que é sempre pressionado pelo aquecimento da economia e aumento do emprego formal, vem caindo”, afirmou o ministro. 
O índice de mortalidade por acidente de trabalho (relação entre o número de mortos por acidente para cada grupo de 100 mil trabalhadores), que era de 11,5 em 2003 chegou a 7,4 em 2010. Já o número absoluto de acidentes por ano passou de 756 mil em 2008733 mil em 2009701 mil em 2010, segundo dados dos Anuários Estatísticos de Acidentes do Trabalho.  
Em 2010, conforme números da Previdência Social, foram registrados 701.496 acidentes de trabalho; em 2009, foram 733.365, retração de 4,35%. Para o diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, Rinaldo Marinho, a diminuição é resultado das ações públicas para prevenção de acidentes. “Entre 2003 e 2010, houve redução da taxa. Estamos fazendo um trabalho continuo para redução. A ocupação que mais sofre acidentes é a de motorista de caminhão; por atividade econômica, 22% das ações de inspeção em segurança e saúde no trabalho são na industria da construção”, informou.  
Com o auditório lotado, o lançamento do Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho contou com a presença de representantes do governo, trabalhadores e empregadores, além da Fundacentro, Organização Internacional do Trabalho (OIT), AGU, TST e MPT.  
Ao final do evento, houve apresentação dos alunos vencedores do concurso nacional de segurança e saúde no trabalho promovido pelo SESI – categoria música. 
Grupo Móvel - O aquecimento da indústria da construção, impulsionado pelas obras de infra-estrutura energética (hidrelétricas, refinarias), logística (portos, estradas e rodovias) e urbana(obras preparatórias para a Copa do Mundo) levou o Ministério do trabalho à criação do Grupo Móvel de Auditoria de Condições de Trabalho em Obras de infra-estrutura, composto por uma equipes de auditores fiscais do Trabalho, responsável pela auditoria de segurança e saúde nas grandes obras. Para 2012, estão programadas mais de 30 operações. 
Os dados de acidentes apontam que motorista de caminhão é a ocupação com maior número de acidentes de trabalho fatais no Brasil. O Grupo Especial de Fiscalização de Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas (GETRAC) atua com foco na jornada de trabalho e períodos de descanso, visando à prevenção dos acidentes nas rodovias. 
Em novembro do ano passado, foi publicado o Decreto que aprova a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST), fruto do esforço conjunto entre os Ministérios da Previdência Social, Saúde e Trabalho e Emprego.  Plano, que é consquencia do decreto, é formado por oito objetivos, dentre eles a adoção de medidas especiais para atividades com alto risco de doença e acidentes, o plano é composto por estratégias que deverão ser cumpridas num período de curto, médio e longo prazo.  

terça-feira, 24 de abril de 2012


Obra da barragem Marrecas, em Caxias do Sul, é embargada pelo

 Ministério do Trabalho

Operário que estava fazendo serviço de manutenção morreu na tarde desta terça-feira quando caiu de altura de cerca de 40 metros.

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de Caxias do Sul embargou a obra da Barragem Marrecas, no distrito de Vila Seca, em Caxias do Sul, no final da tarde desta terça-feira. Por volta das 13h, um operário morreu em um acidente de trabalho. O Corpo de Bombeiros e o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) foram chamados, mas o homem já estava morto. Uma equipe de fiscalização do MTE esteve no local e constatou algumas irregularidades quanto à segurança da obra, que já está na fase final. 

Conforme o gerente regional do MTE, Vanius Corte, o operário trabalhava na manutenção de uma comporta e usava uma corda de rapel e equipamentos de segurança. Mas, por motivo ainda desconhecido, a corda teria se rompido e o homem caiu de uma altura de cerca de 40 metros. De acordo com Corte, o MTE não conseguiu identificar para qual empresa o homem trabalhava. A obra da barragem é de responsabilidade do consórcio Fidens-Sanenco, mas há diversas empresas subcontratadas e o homem trabalharia para uma delas. A vítima foi identificada como Sadi Pereira da Silva, 47 anos. 

— A obra está embargada não por causa desta morte, mas porque oferece uma série de riscos para outros trabalhadores — explica o gerente regional do MTE. 

Na sexta-feira, o Ministério irá entregar um relatório para a Fidens-Sanenco apontando o que deve ser corrigido. Conforme Corte, o embargo irá durar até que esses problemas sejam sanados.

sexta-feira, 20 de abril de 2012


Operário morre em queda de elevador em Marau




Um operário que trabalhava na obra de um prédio localizado na Rua Reinoldo Matte, em Marau, morreu na tarde de sexta-feira após a queda do elevador onde ele se encontrava.

A vítima foi identificada como Nilceu Milton Nervis da Silva, de 50 anos, natural de Campos Novos, em Santa Catarina. Segundo outros operários que trabalhavam no local, a espia que segurava o elevador acabou rompendo na altura do terceiro andar e caiu de uma altura de 12 metros.

Nilceu foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital Cristo Redentor, porém, devido à gravidade dos ferimentos, entrou em óbito. Representantes do Ministério do Trabalho estiveram no local para verificar as condições da obra. O prédio deverá passar por perícia neste sábado. 

quarta-feira, 18 de abril de 2012


Homem cai do sétimo andar e sobrevive em Parobé

Pintor de 36 anos trabalhava quando um dos cabos do andaime rompeu


Um operário de 36 anos sobreviveu a uma queda do sétimo andar de um prédio em Parobé, no Vale do Paranhana, no Rio Grande do Sul. Ele e um colega faziam a pintura de um prédio no centro da cidade quando um dos cabos do andaime se rompeu. O outro trabalhador, de 27 anos, ficou pendurado pelo cinto até ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros.
O acidente ocorreu no final da manhã desta quarta-feira (18). De acordo com a Polícia Civil, o operário caiu sobre um telhado de fibra de vidro localizado ao lado do prédio, o que teria amenizado o impacto. Ele foi levado para o Hospital São Francisco de Assis e depois transferido para o Pronto Socorro de Canoas, na Região Metropolitana.
Segundo a diretora do hospital de Parobé, Maria Seloí Maciel da Costa, o operário que caiu do andaime sofreu fraturas nas pernas e nos braços, mas não corre risco de morrer. O outro trabalhador, que ficou pendurado, teve algumas escoriações, foi atendido e já liberado. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as causas e as reponsabilidades pelo acidente.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Trabalhadores se arriscam em obra no Estádio da Cidadania

Volta Redonda
Na manhã de sexta- feira (13), foi flagrada a insegurança em uma obra que está sendo realizada no Estádio da Cidadania. Vários trabalhadores estavam em uma área de andaimes sem praticamente nenhum equipamento de segurança. Nenhum deles usava cinto ou capacete, e só um estava de luvas.
Os serviços estão sendo realizados a poucos metros da Gerência Regional do Trabalho em Volta Redonda (GRT). Os fiscais da GRT, porém, são poucos para a quantidade de empresas e obras na região. Com isso, boa parte da verificação das condições de trabalho fica por conta dos sindicatos.
De acordo com o diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Zeomar Tessaro, esse tipo de atitude tem sido combatido tanto pelo sindicato dos trabalhadores quanto pelo Sinduscon, que representa as empresas de construção civil.
- Fizemos um trabalho conjunto de conscientização, e tanto as empresas se preocupam em oferecer os EPI (Equipamentos de Proteção Individual) quanto os empregados se mobilizam para exigi-los, quando necessário. Infelizmente, porém, algumas empresas de pequeno porte costuma deixar de comprar esses equipamentos, e alguns trabalhadores demonstram pouca preocupação com a própria segurança. O sindicato vai fazer uma fiscalização nessa obra, em particular, para ver o que está ocorrendo - disse.
O Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), responsável pela fiscalização da obra, informou por meio da assessoria de comunicação da prefeitura de Volta Redonda que a empresa já foi acionada e que as devidas providências serão tomadas.


Sinduscon discute segurança do trabalho
O Sinduscon e o Sistema Firjan realizaram ontem, no SESI de Volta Redonda, o encontro Presença Sindical, com o tema "NR-18: Suas consequências para o setor da construção civil.”

A abertura do evento foi feita pelo presidente do Sinduscon-SF, Mauro Campos, que frisou a importância de grandes nomes estarem reunidos para discutir sobre o tema.

Em sua palestra sobre a Política e o Tratamento da NR-18 através do Programa Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho para a Indústria da Construção, o gerente de Segurança do Trabalho do Sistema Firjan, José Luiz Barros declarou que há dois anos o grande vilão dos acidentes não tem sido mais o setor da construção civil, mas sim os acidentes causados no trânsito; motoristas que realizam trabalhos estressantes e arriscados.

Ele deixou claro que esse número não vem aumentando, o que já significa muito, considerando também a quantidade de empregos gerados recentemente.

José Luiz critica a ação regressiva do INSS que na maioria dos casos entra com processos contra a empresa. A crítica é pelo fato de se gerarem casos que não conseguem ter ligações com acidentes de trabalho.

Ficou a cargo do advogado e Chefe da Divisão de Contencioso Cível do Sistema Firjan, Diogo de Souza e Mello a palavra sobre Responsabilidade Civil em Acidentes. O advogado acredita que as empresas precisam enxergar um momento para mostrar aos seus funcionários a importância de se respeitarem as normas de segurança. Diariamente um grande número de trabalhadores se afastam com períodos superiores a 15 dias, outros tantos são acometidos por incapacidade ou falecimento. Diogo pontua que a solução não se resume apenas ao cumprimento de leis, as prevenções estão ligadas as estratégias de negócios dos administradores.

Doméstica cai ao limpar janela a uma altura de 45 metros


São José do Rio Preto/SP-  Uma morte em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, chamou a atenção do Mais Você desta segunda-feira, 16 de abril . Uma empregada doméstica estava limpando os vidros de um apartamento, escorregou da escada e caiu de uma altura de cerca de 45 metros. A queda aconteceu na última quinta-feira de manhã. Eliete Batista de Souza trabalhava há três anos no apartamento de onde caiu. 


Equipes do corpo de bombeiro e do Samu atenderam à doméstica. "Ela estava com o pedaço do ferro da laje que entrou do lado direito e com respiração fraca", contou um dos tenentes que a socorreu. A polícia civil informou que a doméstica havia sofrido um infarto na semana passada. Agora , a polícia aguarda o laudo da perícia para começar a investigar as causas da morte de Eliete de Souza. 

Nem patrões nem empregados se dão conta do risco que é fazer o serviço de limpeza de janelas de uma doméstica. É difícil saber quantas dessas situações de risco acabam em acidentes de trabalho. As estatísticas oficiais só registram os casos que envolvem trabalhadores em empresas. No ano passado, aconteceram mais de 700 mil acidentes no Brasil. Ao todo, 2.712 trabalhadores morreram no exercício da profissão. O Mais Você mostrou vários flagrantes feitos por pessoas que ficam chocadas com a cena. 

Não existe lei de prevenção de acidente de trabalho para o emprego doméstico. Existe, porém, um projeto de lei de 2006, que foi arquivado no congresso. Ele proibia a limpeza de fachadas e janelas em prédios com mais de quatro andares. No projeto, estava prevista ainda uma multa para o empregador que permitisse a limpeza arriscada. 

Enquanto o projeto de lei não é revisto, as empregadas e seus familiares, contudo, possuem alguns direitos:  

Se a vítima tem a carteira de trabalho assinada e morreu, os dependentes irão receber pensão;  
Se a pessoa ficou inválida pode ser aposentada ou será afastada por doença;  
Se a carteira de trabalho não está assinada, a vítima ou a família pode entrar com uma ação trabalhista pedindo indenização por perdas e danos, inclusive pensão vitalícia para ele ou os dependentes.  

domingo, 8 de abril de 2012


Crea desconhecia obra que desabou e deixou morto no RJ

Rio de Janeiro/RJ - O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro (Crea-RJ) informou, na manhã desta terça-feira (3), que não tinha informações sobre a obra realizada no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, e que desmoronou na segunda-feira (2). O acidente causou a morte de uma pessoa e deixou outra ferida.

"Na realidade basta ligar para o Crea, que a gente tem nos nossos arquivos as obras que estão legalizadas (...), que tem um profissional responsável e imediatamente a gente manda fiscalização lá. A fiscalização esteve ontem no local e não encontrou responsável e ainda não encontramos no nosso sistema a anotação de responsabilidade técnica da obra", disse em entrevista do Bom Dia Rio, Luís Antônio Cosenza, da Comissão de Análises de Acidentes do Crea-RJ. Ainda de acordo com Cosenza, qualquer pessoa pode denunciar uma obra suspeita.
"Liga para o Crea no 2179-2000 e faça a denúncia. Pode ser anônima. A fiscalização imediatamente vai ao local e caso esteja com alguma irregularidade, o proprietário é autuado imediatamente e ele recebe uma notificação", explicou o representante.
Engenheiro foi indiciado

A obra que desabou fica na Rua Joaquim da Silveira, 379. Segundo a delegada-adjunta da 42ª DP (Recreio), Fátima Bastos, que investiga o caso, o responsável pela obra é engenheiro, mas não apresentou nenhuma licença para a obra e nem o chamado livro de Equipamento de Proteção Individual (EPI).

Ele foi indiciado, segundo ela, pelo crime "desmoronamento na forma qualificada pelo resultado morte". O crime é correspondente ao homicídio culposo, com pena de 1 a 3 anos de prisão, podendo ser aumentada em um terço por representar perigo coletivo. Em depoimento, segundo a delegada, o engenheiro afirmou que a obra era financiada por ele próprio e outras dez pessoas.

Vítimas
O operário morto é Antônio Otaviano Correa dos Santos, 39 anos. Ele morava com a mulher e uma filha na comunidade Beira-Mar, também no Recreio dos Bandeirantes. Já o ferido foi levado para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra. Até as 20h de segunda, não havia identificação do ferido. 
Sem carteira assinada
No local, não havia placa indicando o responsável pela construção, ainda em fase inicial. Segundo os operários, seria construído um prédio no terreno, de cerca de 2 mil metros quadrados. Júlio Marques das Neves, 41 anos, um dos trabalhadores, informou que todos trabalhavam sem carteira assinada e sem proteção. "Não tínhamos capacete nem segurança", disse Júlio, acrescentando que recebia diária de R$ 50.
Lindomar Jesus dos Santos, 36 anos, trabalha como zelador no prédio em frente à obra e disse que ainda tentou ajudar as vítimas. "O senhor que sobreviveu pedia socorro. O outro estava muito ferido. Era muita areia, muito peso em cima deles", contou Lindomar.
Segundo a Secretaria municipal de Saúde e Defesa Civil, a obra onde houve o soterramento e a área de serviço de uma casa vizinha, onde funciona uma escola de dança, foram interditadas.

quarta-feira, 4 de abril de 2012


Acidentes de trabalho passam de mil em Rio Preto, SP

Cerca de 30 trabalhadores se ferem no serviço diariamente!!!!



Segundo dados do Centro de Saúde de São José do Rio Preto (SP) mais de mil casos de acidentes no local de trabalho são registrados por mês. Os números preocupam até mesmo autoridades da cidade.
Foi o que aconteceu com o operador de caldeira Eustáquio Joaquim Neto, que precisou ficar afastado quase 20 dias do trabalho. “Eu trabalho em uma destilaria de álcool lá em Fernandópolis e certo dia eu fui atingido pelo líquido que fica dentro dela, o que me deixou com sérias queimaduras de segundo grau ”, diz.
O susto que Eustáquio teve serviu de exemplo para a empresa, que depois do acidente melhorou a estrutura para todos os seus funcionários.
Há 25 anos o advogado Lourival Gomes da Silva, também passou pela mesma situação. Ele trabalhava em uma usina de álcool e ficou 45 dias afastado. “Eu estava trabalhando na oficina da empresa, quando um motor de mais de 200 quilos caiu em cima da minha mão”, diz.
Atualmente advogado, ele tem problemas na profissão. “Mesmo depois de tantos anos, eu tenho dificuldade para digitar, o que acaba sendo muito negativo para a minha profissão” conta.
Os constantes casos de acidentes de trabalho preocupam autoridades. Em um seminário organizado pelo sindicato dos trabalhadores nas indústrias da fabricação do álcool, químicas e farmacêuticas (Sindalquim) de Rio Preto, o principal assunto do encontro é a segurança e para o presidente do sindicato Almir Aparecido Fagundes, o assunto é sério. “Cada vez mais trabalhadores estão participando dos nossos seminários, isso é um direito deles. O reflexo desse número de trabalhadores mais informados é a diminuição dos acidentes de trabalho, o que é bom para a empresa e os trabalhadores”, conta.
O número de acidentes reflete também nos cofres públicos, em 2011 o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) gastou quase R$ 270 milhões só na região de Rio Preto, com trabalhadores que ficaram afastados por acidentes no trabalho. Segundo o diretor do departamento de saúde do trabalhador João Escaboli, no total, 6.555 ocorrências foram registradas. “Os números mostrados recentemente são preocupantes, de maneira que o governo está fazendo uma política para diminuir os casos”, explica.
Os setores da metalúrgica, saúde e construção civil liberam estes números preocupantes no Ranking de Rio Preto. Só em canteiros de obras, foram mais de 630 registros no ano passado. De acordo com um levantamento da prefeitura, por dia, cerca de 30 trabalhadores sofrem acidentes no trabalho.
O número é considerado alto pelos especialistas, o que reflete na realidade. Nas ruas não é difícil encontrar situações de risco. Em uma obra na cidade um trabalhador não usa capacete, um item considerado obrigatório. Já outro funcionário trabalha em uma altura de cerca de 15 metros não utilizando cinto de segurança.
Mesmo com o cenário preocupante, existem bons exemplos. Como o caso da empresa em que o técnico de segurança do trabalho, Ageziandro Martins trabalha. “Aqui, a estratégia é a prevenção, somos em 70 funcionários e completamos quase 900 dias sem acidentes”, diz.
Na obra em que o funcionário não usava capacete, que fica na nova sede da caixa econômica federal a cidade, a construtora não quis comentar o assunto. Em uma situação como essa, a multa aplicada pelo Ministério do Trabalho chega a R$ 15 mil.
Acidentes de trabalho matam quatro mil por ano no país.




Brasília/DF - Quase quatro mil pessoas morrem no Brasil por ano em acidentes de trabalho, e a maior parte das vítimas são jovens entre 25 e 29 anos. O alerta é do coordenador nacional do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), José Augusto da Silva Filho, que participou de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, na manhã desta quinta-feira (15), para tratar da segurança dos trabalhadores brasileiros.Segundo ele, a classe trabalhadora no país ainda é ameaçada pela flexibilização da legislação trabalhista, pelo desrespeito às leis e pela falta de estrutura do Ministério do Trabalho, que não fiscaliza as empresas como deveria.

O resultado deste quadro é que os acidentes laborais custam R$ 32 bilhões por ano aos cofres públicos.
 A prevenção ainda é a forma mais importante para se evitar prejuízos e incapacitação, mas o governo não tem investido mais em grandes campanhas nacionais de conscientização lamentou.José Augusto da Silva Filho aproveitou para advertir os sindicatos sobre a importância de se investir em cursos de capacitação e formação para seus quadros. 
Além disso, ele defendeu a criação de departamentos especializados, a elaboração de estudos e pesquisas e a contratação de consultorias.Não basta ficarmos só reclamando dos patrões. 
Temos que fazer a nossa parte também. Sem gente qualificada, como vamos nos sentar à mesa para negociar? Existem assessores jurídicos e contábeis para todo lado; por que os sindicatos não contratam assessores em segurança e em saúde no trabalho?  indagou.

Dois mil acidentes por diaA audiência pública foi presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que levou aos convidados mais números da área. Conforme dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho do Ministério da Previdência Social apresentados pelo senador, em 2010, ocorreram 701 mil acidentes de trabalho no Brasil, uma média de quase dois mil por dia. Em 2009, foram 733 mil; e em 2008, 755 mil.As estatísticas, no entanto, são subestimadas, alerta o representante da Nova Central Sindical (NCS), Luiz Antônio Festino. Ele explicou que muitos casos não chegam ao conhecimento dos ministérios do Trabalho, da Saúde e da Previdência Social; e, além disso, os dados oficiais não incluem os servidores públicos, os militares e os trabalhadores que estão na informalidade.